Alone

Por mais que o olhar fetichista sempre seja atraído ao seu objeto de desejo, isso não significa deixar de lado o senso crítico. O horror tailandês Alone (que, no Brasil, ganhou o título enganoso de "Espíritos 2", apesar de NÃO ser uma continuação de Shutter, apenas foi dirigido pelos mesmos diretores: Banjong Pisanthanakun e Parkpoom Wongpoom) é um dos filmes mais decepcionantes da safra de terror oriental que aportou no ocidente no começo do século XXI. Cheio de sustos falsos e uma reviravolta ridícula no final, o filme mais parece um terror americano com atores da Tailândia, com pouquíssimas das características ímpares que tornaram filmes como Ringu, Ju-On, A Tale of Two Sisters e The Eye pequenas obras-primas. Ainda assim, uma trama que envolve irmãs siamesas não poderia ficar de fora de um blog sobre togetherness, embora seja decepcionante até nesse aspecto. Consigo imaginar cenas muito mais exóticas e sinistras com essa idéia de uma garota incapaz de se livrar de uma siamesa fantasma (uau!), mas o que o filme nos oferece é só um monte de "Buu!!". Salva-se apenas a excelente campanha de marketing (que, na época, me fez aguardar essa bomba ansiosamente) e o vídeo que editei apenas com os flashbacks que narram a vida das gêmeas enquanto ainda estavam grudadas.