June 30, 2013

Nymphs

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Há, de fato, algo por demais poderoso no shibari, a milenar arte das cordas japonesa, que vai muito além do  simples bondage. Da mesma forma, a união pelo shibari é mais arrebatadora do que por outras técnicas que o togetherness fetish pode se valer para se realizar. Ousaria dizer que sua ressonância vai até além das representações de irmãs siamesas, pois enquanto essas se valem unicamente da fantasia, o shibari é real. Quando o artista do shibari domina sua técnica, como é o caso do japonês Koh Ishifune, autor do tumblr Fossil of Pain, as cordas formam desenhos, signos, símbolos mágicos, elas não unem apenas os corpos das modelos, elas fundem suas almas. Quando contidas dentro dos traçados místicos das cordas do shibari, as modelos tornam-se um único ser, transcendente e completo, ainda que transitório. Mas, quem sabe, se um artista conseguir atingir um traçado perfeito, uma combinação de linhas e nós que expressem uma transubstanciação da própria realidade, a união das modelos possa se tornar enfim permanente. O nascimento de uma deusa, talvez?

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